segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Into the Wild



"A felicidade só existe quando compartilhada". Christopher McCandless


Alguns filems definitivamente marcam nossas vidas. Into the Wild, o último trabalho do diretor Sean Penn, é um destes. Terminei de ver o filme faz algumas madrugadas e ele continua ali, aparecendo na memória. Há muitas frases incríveis no roteiro, várias imagens idem. Na verdade, descobri depois, que o filme vai fazendo efeito conforme o tempo passa. E foi depois de uma certa distância temporal das imagens que eu percebi o quanto ele é bonito, o quanto ele trata de alguns assuntos que eu tenho pensado muito ultimamente. Entre eles, o de como vivemos em uma sociedade que dá vontade de escapar, algumas vezes. Mas que, ainda que tenhamos pavor das pessoas que vivem para consumir, são justamente as pessoas (incluindo estas, talvez) que façam a vida ter sentido. Então a verdade é que descobrimos o que o personagem principal de Into the Wild descobre: de que o mais bonito está na Natureza, na nossa capacidade de sobrevivermos por nossa conta, sem supérfluos ou luxos ao nosso redor mas que, paralelo a isso, não é possível viver feliz sem compartilhar o que sabemos e o que vivemos. Into the Wild fala disto e de muito mais.
O filme conta a trajetória de Christopher McCandless (Emile Hirsch) em sua aventura de descoberta pessoal e de busca pela vida fora da sociedade consumista. O filme começa com seus pais, Billie (Marcia Gay Harden) e Walt (William Hurt) acordando em uma noite depois que ela sonha com o filho “desaparecido”. Em seguida aparece o texto de uma carta escrita por Christopher para o seu amigo Wayne Westerberg (Vince Vaughn), contando de sua chegada a Fairbanks e de como ele estava preparado para ficar um bom tempo longe da civilização. A partir do momento em que ele encontra um “ônibus mágico” abandonado no meio das montanhas, passamos a acompanhar a sua trajetória em retrospectiva, desde que ele se formou na universidade e resolveu abandonar tudo para viver da maneira que acreditava ser a mais correta.

6 comentários:

  1. O filme parece ser bastante interessante... E a frase de Christopher McCandless é linda...

    ResponderExcluir
  2. E aí Rafael, tudo bem?
    Vou procurar este filme para assistir e aí eu dou o retorno ;D
    Antes de postar meu comentário, gostaria de dizer que tanto esta frase acima quanto suas frases em sala me fazem refletir a respeito de muitas coisas.
    Um grande abraço,

    Athos Gabriel Rocha Niemeyer

    ResponderExcluir
  3. Filme muito bom mesmo!
    Como você disse na aula hoje! É um filme Moisés.
    Mostra de uma forma extrema o que se passa na maioria dos jovens aos 20 e poucos anos!
    Só lembrando que existe o livro do filme. Escrito pelo mesmo jornalista que fez a matéria pro Outside(Jon Krakauer), embora seja a mesma história, mostra ela por um outro lado! Vale a pena ler!

    "Acho que parte do que complicou sua vida talvez tenha sido que ele pensava muito. Às vezes fazia força demais para entender o mundo, saber por que certas pessoas eram más com as outras." Wayne Westerberg sobre Chris!

    Abraço Rafael

    ResponderExcluir
  4. É interessante ver como este filme assume diferentes interpretações das pessoas: para alguns um irresponsável rebelde que não se preocupa com os sentimentos e vontades dos que o circundam. Larga tudo para viver uma vida de vontades e prazeres. Para outros uma verdadeira analogia à liberdade. Liberdade de poder escolher viver e levar uma vida "desgarrada" daquilo que era tido como uma genuína "vida".

    Destaco a bela trilha sonora do filme. Produzida pelo cantor e compositor Eddie Vedder.

    Bela lembrança de um brilhante filme.

    ResponderExcluir
  5. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  6. Quantos de nós teríamos a coragem para largar tudo e viver da maneira que consideramos ser a mais correta?
    Não será por isso que o filme nos marca tanto? Por que enxergamos uma verdade sem, no entanto, sermos capazes de alcançá-la?

    ResponderExcluir